junho 30, 2009
O Jazz tao querido por mim
Pensando bem acho que o que me encantou foi o conjunto da obra!!!!
8 Objetivos do Milenio
Estes países estabeleceram um compromisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta.
Os objetivos do Milênio foram expressos em um conjunto de 8 alvos a serem atingidos até 2015, e ficaram conhecidos como " 8 Jeitos de Mudar o Mundo".
Todos nós podemos contribuir de alguma maneira para alcançar esse objetivo!!
www.objetivosdomilenio.org.brSabe, cresci lendo nos livros, jornais, revistas e papeis sem importância esse salmo, escrito pelo punho de um homem que admiro muito, meu avô, e toda vez que encontrava esse "recado" eu lia e mesmo sem perceber estava sendo alimentada e ensinada de que "o Senhor é bom e sua benignidade dura para sempre"
Se todos tivessemos o hábito de lembrar da bondade e benignidade do Senhor estariamos nos fortificando a cada dia.
Declare a bondade e a benignidade de Deus, eu sou testemunha de que vale a pena!
junho 22, 2009
Receitinha despretensiosa
Se quiser viver, não adie. O imponderável se intromete na vida da gente. Como patas de um gato, as unhas do destino se alongam querendo estancar o curso de nossa história. O imprevisto é peçonhento e estraga os projetos mais queridos. Antecipe-se ao imponderável e beije, abrace, converse. O agora é estrela cadente, asteróide nômade. Faça cada instante valer uma eternidade. O já não passa de uma piscadela; o hoje, de fenda entre o ainda não e o que acabou.
Se quiser viver, não tema. Arrique-se. Decidir é vulnerar-se; querer, expor-se; desejar, atirar-se à mercê do outro. Ferida de decepção dói menos que desterro de inação. Todos os amantes carregam cicatrizes. Seus estigmas, mesmo antigos, são visíveis. Atreva-se a caminhar sem blindagem. Arranque o elmo. Jogue fora o escudo. Não se enclausure. Não evite o olhar de quem lhe pede afeto. Seja terno com quem lhe espezinha.
Se quiser viver, não anseie. Sossegue. O possível, nem sempre o melhor, é matéria prima do contentamento. A alma implora por descanso. Reconheça os avisos do corpo quando avisa que as descargas hormonais desequilibram o metabolismo. Dê um passo de cada vez. Espere pelo amanhã. Desista do controle dos circuitos, solte o cabo da nau. Não corra na frente da aragem que antecipa a madrugada. Basta a cada oportunidade o seu próprio mal. Tranquilize-se.
Se quiser viver, não fuja. Enfrente-se. As nódoas da alma podem transformar-se em câncro; as culpas, em fardos; as inadequações, em aleijões existenciais. Transgressão pode deixar de ser um pecado mortal. Aprenda com os seus tropeços. Cresça com as mazelas. Reconceitue humildade como coragem de admitir limites, fragilidades, incapacidades.
Se quiser viver, não escarneça. Ouça. Tradição é a história que os antepassados selecionaram para que amadureçamos. Os enganos de outrora não precisam ser repetidos. Não quebre a cabeça com teoremas já demonstrados. Poupe o coração de injunções aparentemente inéditas que os compêndios trataram exaustivamente. Atente para os provérbios populares. Escute os avós.
Se quiser viver, medite. Mire as conchas que a maré triturou, que pavimentam a praia; o ócio do leão, feliz com a prole bem alimentada; o sol que se fatiga no lusco fusco da tarde. Devagar, procure as entrelinhas da poesia, o imarcescível da narrativa, a dignidade da biografia. Escute, de olhos fechados, os violinos, as gaitas, os trompetes, os pianos, os realejos. O universo pulsa, descubra o seu ritmo.
Soli Deo Gloria
junho 16, 2009
O que Ele não sabe...
Eu estava além da conta envolvida. E ele não sabe mais de mim. Não sabe da ultima má noticia que recebi e que me fez chorar, não compartilhei com ele a minha nova música aquela que eu descobri ainda pensando nele, não sabe o quanto eu tenho lutado para não alimentar esperanças equivocadas. A distancia não deixa ele saber que meus olhos ficam fixados no nada com as memórias de nossas risadas, das nossas conversas, do cheiro, da chuva no para-brisa do carro. Ele não sabe o que tenho descoberto, o que tenho lido, onde tenho ido. Ele não sabe que a cada dia penso menos nele mas ainda conservo alguma curiosidade em saber como esta sua vida, como está seu cabelo, seus planos, se seu coração está tranquilo. Não sabe em como alguns dos meus dias tem sido entediantes e outros extremamente agradáveis. Ele também não tem ideia de que cheguei a uma conclusão de que nossos caminhos são diferentes e que só nos encontramos porque eu ia indo e ele vindo, e nesse encontro nos distraímos um com o outro, mas o fato é que não podemos parar e eu devo continuar indo e ele vindo...
Ele não faz ideia que ainda tem um espaço no meu peito que resulta na minha escrita. Ele não sabe que depois de estar em sua companhia e compartilhar tantas coisas boas eu tive de me tornar minha melhor companhia. Ele também não sabe, nem imagina que ironicamente isso só me faz bem!!
Vanessa Padilha
junho 13, 2009
Melody Gardot...
"Aos 19 anos, um grave acidente quase encerrou sua vida…mas deu inicio a sua carreira artística.
Ela foi atropelada por um automóvel quando retornava de bicicleta a sua casa.
Resultado:múltiplas-fracturas na região pélvica, cervical e da cabeça.
Para recuperar alguma de suas antigas habilidades cognitivas, o seu médico
recomendouque fizesse o uso da música como terapia.
Foi presa a um leito que ela compôs e gravou as canções do EP intitulado “Some Lessons: The Bedroom Sessions”, vendido pela internet, que chamou a atenção da rádio local.
Hoje, aos 23 anos, ela continua lutando contra as sequelas do acidente que a obriga a usar constantemente óculos escuros (hipersensibilidade a luz e ruídos), bengala para se apoiar e um dispositivo preso a cintura que estimula a produção de endorfina em seu organismo, tornando suas dores mais suportáveis.
O uso de elementos do Jazz, Blues e Folk em suas composições e o seu jeito suave de cantar, nos faz lembrar de outra cantora… Norah Jones. Mas as semelhanças entre esses dois talentos param por aí. Ela tem uma rara capacidade de captar humor e emoção no que faz.
“Para ser honesto consigo, ficar no palco durante 30,40,50 minutos é uma das experiências mais agradáveis que tenho. Porque é durante este tempo em que eu realmente não sinto qualquer dor. Acho que é transcendental, do tipo: quando tens uma dor de cabeça e alguém dá-te um murro no estômago, acabas por te esquecer da cabeça”, diz ela.
Fonte: Last.fm
junho 10, 2009
Putumayo Presents
Eu já comentei de um selo de word music "Putumayo" que faz gravações de música do mundo inteiro, inclusive a nossa maravilhosa música brasileira.
Perfeito pra quem gosta de novidades, o que eles fazem é selecionar o que há de mais bacana em cada país e o resultado é sempre albuns cheios de charme... Além do cuidado com a seleção das canções eles também tem um cuidado especial com o visual, as ilustrações são da artista inglesa Nicola Heindl.
No site é possivel ouvir uma rádio com uma deliciosa seleção das músicas...
www.putumayo.com
Marc Broussard
Ciranda
Essa versão foi gravada com Chico Buarque... Amei!!!
Ciranda
Se tento correr o tempo pára
Se páro pra ver o mundo anda
Ele vem bater na minha cara
A vida é sempre essa ciranda
Se a noite me traz uma tristeza
O dia vem cheio de alegria
O que falo agora com certeza
Há pouco não sei se eu diria
Eu quero gritar ninguém me escuta
Está tudo preso na garganta
Às vezes me cansa tanta luta
E é pra não chorar que a gente canta
A gente canta
A gente canta
Eu vi uma luz no fim do túnel
Enchi de esperança o coração
A luz que lá estava foi chegando
Era um trem carregado de ilusão
Andando só na corda bamba
Não temo o futuro da nação
A gente que sempre dançou samba
Enfrenta qualquer divisão
A gente canta
A gente canta
(Marcio Faraco)
Passeando pelo site do Gondim descobri esse texto intrigante...
Determinação
Ricardo Gondim
Há momentos em que nada faz sentido. Os acessos ficam comprometidos, as frestas entupidas, as janelas cerradas. Decepção substitui confiança, tristeza apaga o ímpeto e abatimento contamina a gesta heróica. O calor da peleja traiçoeiramente solapa a energia fundamental de viver. As pedras de arranque cedem sob os pés e se esgota o entusiasmo. As balizas do sentido caem. Os diques das emoções se rompem.
Há momentos em que o silêncio absoluto e impenetrável da covardia abafa a coragem. O império da culpa confisca a confiança. O pavor do inesperado transforma a alma em masmorra e os sonhos definham em um imobilismo soturno. A poesia versifica o tédio e procura rima para fatiga. O espírito entra no compasso do soluço.
Há momentos em que determinação vira sinônimo de teimosia. As escolhas acontecem, empurradas, forçadas. A vida é tangida sem ânimo. Opta-se por constrangimento. Vai-se adiante, simplesmente. O horário cumprido, a tarefa realizada, e só. No tabuleiro, o peão aceita as regras; no palco, a marionete dança com os dedos do títere; na vida, as pessoas decoram roteiros.
Há momentos em que não se pode retroceder. O próximo, o próximo, o próximo, dita a voz soturna que ordena a fila que desce a vertiginosa ladeira existencial. Assim, resilientes e determinados, os humanos caminham. De dever em dever, chegarão ao último e inusitado compromisso, a morte.
Soli Deo Gloria