dezembro 19, 2009

Tempo


O anseio do mistério sem nome

Ter o eterno e sentir sua ausência

Lança-nos ao dissabor da falência

Paradoxo brutal que a fé consome

O que nos prende a tal absurda fome?

A distorção da natural essência do tempo vítima

Sem existência, serve ao desejo sem ter quem o dome

Mas a graça única do cordeiro que a altivez humana

Ao pó reduz, uniu-nos com tempo verdadeiro

Pois antes mesmo da formação da luz

À salvar do destino derradeiro

Fez-se o brado: Haja cruz! E houve cruz.

(Felipe Valente)


PS: To ouvindo o disco do Felipe Valente e estou encantada... recomendo, vale muito!!!

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