fevereiro 16, 2010

Gran Torino


Ainda não conhecia os filmes do Clint Eastwood. Já vi alguns em que ele atuou, mas filmes em que ele atuou e dirigiu ainda não tinha tido o prazer e digo: vale a pena.

No caso de Gran Torino vemos um filme cheio de humanidade, fragilidade e pecado no contexto.

Ouvi em algum lugar que a história dele é dessas "seca, que desce rasgando na garganta." e é!

É um filme que não está no lugar comum não tem clichês dos filmes americanos em que tudo é resolvido com um passe de magica é um filme surpreendente que percorre todos os caminhos necessários para a transformação de um ser humano cheio de falhas e atitudes equivocadas.
É um filme que vai ficando tocante, amoroso, singelo mesmo se tratando da figura séria e sisuda do ator...

Clint interpreta um velho rabugento racista que perde a esposa, e de uma maneira muito sutil resolve atender os últimos pedidos de sua esposa, e isto dá pra perceber nas ótimas expressões do ator, e fica bem nítido em como é difícil para esse personagem mudar, tanto que em alguns momentos em que é contrariado ele chega a "rosnar" feito um cão bravo, coisa que sua doce cadela não faz... rsrsrs

Depois de algum tempo após o falecimento de sua esposa ele se sentindo sozinho começa a prestar atenção à sua odiada vizinhança de imigrantes.
O caráter de ex-soldado americano patriota vai se transformando quando ele começa a prestar a atenção e ver que seus vizinhos precisam de ajuda e ele comovido mas ainda contrariado passa a ajudar essas pessoas.

Como já disse de modo sutil o velho rabugento vai se transformando em um senhor amoroso e atencioso com as necessidades dos outros.

Superando seus pré-conceitos e doando-se completamente ao outro. Ele que traz consigo marcas de um passado na guerra do qual não se orgulha, começa a perceber que pode de alguma maneira ser perdoado... Em uma das cenas ele observa que tem mais a ver com os vizinhos imigrantes do que com sua própria família com quem não se entende.

É uma reflexão de como podemos ser ajudados quando damos a oportunidade de pessoas de quem não esperamos nada e que podem nos ajudar de maneira surpreendente, e mesmo que a principio tenhamos a impressão de que o velho rabugento é o super herói da historia ao desenrolar da história concluímos que o que acontece é o inverso...

Um filme necessário para quem ama as relações humanas, um filme que diz mais uma vez que somos todos irmãos independente de nossa cor, raça, ou religião...

Eu recomendo muito!!!

Vanessa Padilha

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