julho 02, 2009

Chernobyl, o pior acidente nuclear civil da história do século XX


No site Magnum Photos encontrei por acaso um documentario com fotos do fotografo Paul Fusco um trabalho incrivel que mostra a triste e emocionante historia sobre o maior acidente nuclear Civil do sec. XX

Sempre ouvi falar deste triste acontecimento mas nao tinha ideia da realidade das pessoas que sofrem ate hoje as consequencias desse lamentavel acidente que aconteceu na madrugada do dia 26 de Abril de 1986.

A seguir um relato do proprio fotografo sobre tudo o que ele presenciou com seus olhos e sua camera

"...Algum cara cometeu um erro. Apertou o botão errado na hora errada. E em 20 segundos não era mais possível pará-lo.

Milhares e milhares de toneladas de material radioativo foram expelidos no ar, apanhados em uma enorme tempestade e começaram a mover-se através do país.

Setenta por cento desse material radioativo caiu na Bielorrússia. O reator não era deles.

As primeiras pessoas a aparecerem foram duas companhias de bombeiros.

Fusco, citando o sobrevivente Ivan Shavre: “Eu acordei em um hospital em Moscow. De início nós gracejamos sobre a radiação. Então nós ouvimos que um camarada começou a sangrar pelo nariz e pela boca. E seu corpo ficou preto. E morreu.”

Onde quer que exista radiação, as pessoas vivem com ela. Comem-na em seu alimento. Bebem-na em sua água.

Os garotos em Novinki que tem problemas, são diagnosticados e categorizados… A, B, C, D.

D, é sem esperança, eles nunca vão ser seres humanos reais. Nunca vão ter muito. Todos vão a Novinki.

E, uma vez que estejam lá, se sobreviverem e viverem, serão enviados ao asilo principal.

Era como se uma raça diferente estivesse sendo criada, pois eles parecem humanos, mas todos obviamente tinham problemas.

Alesya era uma menina quando foi diagnosticada com câncer. Tinha sido exposta à radiação quando era muito pequena, com mais ou menos 2 anos, quando começou a correr para brincar.

E nesse dia a chuva era escura e oleosa e ficou conhecida como a chuva negra de Chernobyl. Nove anos depois ela estava com leucemia.

Eu me encontrei com ela no hospital quando ela tinha dezesseis. Esta garota de dezesseis anos era muito bonita. Eu voltei no dia seguinte e Alesya estava em coma. E seus pais estavam devastados. Era um dia terrível para se ver uma mãe perder sua filha.

Antes de começar a tirar fotografias eu perguntei se não tinha problema. E sua resposta foi, “sim, nós queremos que todos saibam o que eles fizeram”.

O horror que foi aquilo, nós não podemos nem mesmo ousar pensar que possa acontecer novamente.

Todos dizem que nunca acontecerá. Pois é, nós sempre falamos isso, nunca acontecerá, mas tudo que nós humanos fazemos quebra. Tudo quebra. Tudo se desgasta.”

Nossa justo hoje que esta um dia nublado e chuvoso...

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